domingo, 15 de julho de 2007

A banalização do extraordinário


Vez por outra leio um texto de como as pessoas estão se acostumando com coisas que não deveriam, como por exemplo, a corrupção, a falta de impunidade, a (in) justiça brasileira, ...
Estava refletindo com os meus botões: pior do que se acostumar com as coisas ruins da vida é se acostumar com as coisas boas.
Muito pior do que não crer nos políticos é não crer num novo dia que começa cheinho de oportunidades. É como ter uma caixa de chocolates e escolher ficar apenas com a embalagem.
A vida está aqui, diante dos nossos olhos, pronta pra ser desfrutada. Por que então tem gente que prefere ser expectador a protagonista?
Vergonha, medo, receio, costume, mania, covardia, fraqueza, pavor, temor, faz as pessoas se apegarem as suas rotinas deixando de ver o óbvio.
Nos acostumamos com o pôr-do-sol. Não nos emocionamos mais com palavras de gentileza ou abraços apertados. Acabamos esperando demais da vida sem nos tocarmos que temos muito.
Às vezes somos acometidos por pequenos raios de lucidez. Vemos velhos amigos, nos sentimos bem com eles, então dizemos “vamos marcar alguma coisa”, mas nunca marcamos.

É hora de realizar os sonhos guardados na gaveta.